O mais recente romance de Julian Barnes arranca com uma pergunta que desafia os leitores: «Preferiam amar mais e sofrer mais; ou amar menos e sofrer menos?» É com este convite à reflexão – um enunciado falso, já que não temos escolha, pois não se controla o quanto se ama – que somos levados de volta ao profundo e doloroso mundo do escritor britânico. A Única História chega hoje às livrarias. Com tradução de Helena Cardoso.
Dividido em três partes, relata a história de amor de um jovem de dezanove anos com uma mulher casada de quarenta e muitos. Paul e a senhora Macleod conhecem-se durante um jogo de ténis. À guisa de preâmbulo, o narrador faz-nos notar que, embora todos tenhamos imensas histórias, inúmeros acontecimentos e ocorrências que transformamos em histórias, cada um de nós tem apenas uma, a mais importante – a que contamos mais vezes, nomeadamente a nós mesmos. E a primeira questão que se levanta é se o facto de a contarmos e recontarmos nos aproxima da verdade.
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