Rufam tambores, enchem-se campos de batalha e os corações batem ao ritmo da emoção que Homero traduz em 24 cantos daquele que é tido como o mais belo texto épico da tradição ocidental. Ilíada, de Homero, é um canto de sangue e lágrimas, em que os próprios deuses são feridos e os cavalos do maior herói choram. É o primeiro livro da literatura europeia e, ainda hoje, no século XXI, mantém inalterada a sua capacidade de comover e perturbar. As civilizações passam, mas a cultura sobrevive? A pergunta é de Frederico Lourenço, que traduz este livro, agora publicado pela Quetzal –, e a mensagem deste extraordinário poema parece apontar nesse sentido.
Ler a Ilíada é reclamarmos o lugar que por herança nos cabe no processo de transmissão da cultura ocidental: cada novo leitor acrescenta mais uma etapa, ele mesmo um novo elo deste texto onde «luz e morte coincidem hora a hora» (Luiza Neto Jorge). Depois da Odisseia, e ainda antes de prosseguir a tradução da Bíblia, esta é uma das mais significativas traduções de Frederico Lourenço. Disponível a 3 de maio em todas as livrarias.
0 Comentários