As Passagens de Paris,
de Walter Benjamin
Reflexões e fragmentos do grande filósofo
alemão
A 4 de abril a Assírio & Alvim publica As Passagens de Paris, sétimo e
último volume da coleção de obras escolhidas de Walter Benjamin, com
edição e tradução do alemão de João Barrento.
Escrito ao longo de treze anos, entre 1927 e 1940, este livro inacabado
reúne reflexões e materiais fragmentários que estão na origem de alguns
dos grandes ensaios do autor. Projeto ambicioso, toma como referências
a evolução histórica e civilizacional de Paris e a obra de Baudelaire como
grande paradigma poético desse processo. Rolf Tiedemann, responsável
pela edição alemã, afirma na sua introdução que «se tivesse sido
concluído, o livro teria sido nada mais nada menos do que uma filosofia
material da história do século XIX».
Esta edição, organizada por ordem cronológica, permite-nos acompanhar
a evolução do pensamento de Benjamin, um dos mais influentes filósofos
da modernidade.
SINOPSE
Há grandes livros que nunca chegaram a sê-lo propriamente, obras que
vivem do inconcluso e do fragmentário, como o Livro do Desassossego
ou O Homem sem Qualidades. As Passagens de Paris fazem parte dessa
constelação do inacabamento, apesar de terem ocupado intensamente o
seu autor durante treze anos, entre 1927 e 1940, e gerado alguns dos
grandes ensaios de Walter Benjamin sobre Baudelaire, a arte e a
fotografia.
SOBRE O AUTOR
Walter Benjamin nasceu em Berlim em 1892, no seio de uma família
judaica. Estudou Filosofia em Berlim, Munique e Freiburg e doutorou-se
em Berna (Suíça) no ano de 1919, com a tese A Crítica de Arte no
Romantismo Alemão. A ascensão de Hitler e do nazismo obrigaram-no a
fugir de Berlim, em 1933. Residiu sobretudo em Paris, com passagens
por Itália e por Espanha. O medo de ser entregue à Gestapo e as
dificuldades em passar a fronteira entre França e Espanha conduziram-
-no ao suicídio em 1940. Como legado deixou-nos uma obra filosófica de
uma impressionante atualidade, onde se cruzam os assuntos que tentava
compreender e estudar: História, Modernidade, Arte, Tecnologia,
literatura dos séculos XIX e XX e a ascensão da cultura de massas, assim
como numerosas traduções e análises literárias a Baudelaire, Brecht,
Hölderlin, Kafka e Proust.
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