Terra Incógnita é o nome da nova
coleção de literatura da Quetzal. Mais do que livros de viagens, com
um formato especial, a Terra Incognita reúne títulos e autores que desprezam a ideia de turismo e fazem da viagem um modo de conhecimento.
O relato de viagens é, provavelmente, o género literário mais comum
desde o princípio dos tempos. Hoje, quando o mundo é um gigantesco ecrã onde tudo está já conhecido, a única coisa que nos resta é o
espírito da viagem. Se já não vamos à procura do exótico e do belo, nem
do irrepetível, esses livros transmitem uma sabedoria que nos devolve
a ilusão e a alegria da viagem.
Nada mais natural, portanto, do que uma coleção inteira e propositadamente dedicada ao tema – com estes livros, nenhum mapa vai ficar
fora da nossa imaginação.
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Breviário Mediterrânico, de Predrag Matvejevitch, e O Grande Bazar
Ferroviário, de Paul Theroux, marcam o arranque desta jornada e estão
disponíveis nas livrarias a 8 de março. O primeiro com tradução de
Pedro Tamen, introdução de Claudio Magris e posfácio de Robert
Bréchon.
Cheio de sabedoria, memórias, informações preciosas, o Breviário
Mediterrânico pode ser também um romance moderno, genial, brilhante
e imprevisível. Este pode ser, segundo a crítica, um diário de bordo,
um livro de aforismos ou de orações, um atlas, um romance ilustrado
do século xx, um tratado poético-filosófico, um livro de História
Antiga.
Quanto a O Grande Bazar Ferroviário, é o relato emocionante que Paul
Theroux faz da sua épica e invejável viagem de comboio entre a Europa e a Ásia. Repleta de evocativos nomes de comboios lendários,
descreve lugares, culturas e paisagens que atravessou e as pessoas
fascinantes que conheceu e que o acompanharam ao longo de milhares de quilómetros.
Theroux contempla o mundo vivo e animado – para o transportar em
cada livro da sua já vasta bibliografia.
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