Neste primeiro trimestre do ano, a Temas e Debates marca presença com
livros de temáticas tão ricas quanto distintas, que vão desde a filosofia à economia, à sociologia, à psicologia,
desde a história até à literatura, levando até aos seus leitores tanto sucessos internacionais como obras de
autores de renome da língua portuguesa.
O primeiro livro da Temas e Debates a chegar às livrarias este ano é o «Os Leitores Perguntam, Padre
António Vieira Responde». Vieira ousa, com a palavra e com a vida, afrontar os problemas dos homens e das
mulheres do seu tempo, mas também os do seu país e os da humanidade no seu todo. Com este livro dá-se a
conhecer de modo seleto e acessível aos leitores de hoje o essencial do seu pensamento universalista, que as
ajudará a responderem aos desafios da atualidade. Esta é uma obra com organização de Aida Lemos, Joana
Pinho, José Eduardo Franco e Porfírio Pinto. Ainda em janeiro, os leitores poderão encontrar nas livrarias
«Carlota Joaquina e Leopoldina de Habsburgo: Rainhas de Portugal no Novo Mundo», da autoria de
António Ventura e Maria de Lourdes Viana Lyra, esta é a biografia de D. Carlota Joaquina, mulher do
príncipe regente, o futuro D. João VI, que se tornou rainha de Portugal já no Novo Mundo, e daquela que
veio a ser a sua nora, D. Leopoldina de Habsburgo, mulher de D. Pedro IV, imperatriz do Brasil e rainha de
Portugal.
O mês de fevereiro não podia começar de forma melhor: Nélida Piñon, uma das mais importantes escritoras
da língua portuguesa, traz-nos «Uma Furtiva Lágrima», um livro de memórias com uma escrita luminosa.
Trata-se de uma narrativa de impressões sobre a vida e a morte, sobre as relações humanas, o amor, a
paixão, a pertença, num exercício literário de rara beleza. Segundo a autora, “Escrever é o que sei fazer.
Narrar me insere na corrente sanguínea do humano e me assegura que assim prossigo na contagem dos
minutos da vida alheia. Pois nada deve ser esquecido, deixado ao relento. Há que pinçar a história dos sentimentos a partir da perplexidade sentida pelo homem que na solidão da caverna acendeu o primeiro
fogo”.
«Factfulness» é outra das novidades do início do mês. O livro, da autoria de Hans Rosling, explica as dez
razões pelas quais estamos enganados acerca do mundo - e porque é que o mundo está melhor do que
pensamos. Para Bill Gates, este é um dos livros mais importantes que já leu, considerando-o “um guia
indispensável para pensar com clareza acerca do mundo”. Trata-se de uma obra inspiradora, cheia de
histórias, um instrumento essencial para mudar a nossa opinião e ajudar-nos a responder às crises e
oportunidades do futuro. Na mesma altura chega às livrarias «Para Que Serve a Filosofia?», um livro de
Mary Midgley, que responde a esta e outras perguntas provocadoras, nas suas mais variadas formas de
ansiedades intelectuais e confusões, ensinando-nos como lidar com elas. Ao fazê-lo, dá-nos um livro crítico
na defesa da filosofia e da vida da mente. No desenvolver desta sua magistral defesa do campo filosófico
leva-nos pelos caminhos e debates sobre ciência e desenvolvimento tecnológico, demonstrando como
necessitamos da filosofia para nos ajudar nos grandes questionamentos.
O segundo mês do ano encerra com «Talento Rebelde», de Francesca Gino, um livro imprescindível para as
lideranças. Neste livro, a autora dá aos seus leitores informação sobre a sua vida profissional e pessoal de
modo a conseguir uma vida mais feliz, alcançando objetivos que poderiam parecer impossíveis. Apresenta
seis ingredientes para exercitar este talento. A autora apresenta no livro diferentes estratégias para o uso
dos mencionados ingredientes, não sendo necessário começar tudo de novo, é importante introduzir
mudanças simples e deixar que a curiosidade seja um motor de mudança.
Já em março, a grande especialista e super-estrela da economia Mariana Mazzucato traz-nos o livro «O
Valor de Tudo». Quem verdadeiramente cria valor no nosso mundo? E como decidimos sobre valor? No
cerne da presente crise financeira e económica que atravessa o mundo, este é um problema escondido aos
nossos olhos. No capitalismo moderno a extração de valor é reconhecida como mais importante que a
criação de valor. Desde empresas dirigidas apenas para maximizar o lucro dos acionistas até ao valor
astronómico dos preços dos fármacos justificados pelas grandes farmacêuticas que perderam a noção do
verdadeiro significado de valor. Mariana Mazzucato defende neste livro apaixonante que se queremos
reformar o capitalismo, temos urgentemente de repensar de onde vem a riqueza. Só assim chegaremos a um
capitalismo sustentado que sirva a todos.
No ano em que se celebra o quinto centenário da viagem de circum-navegação e a chegada do Homem à
Lua, eis que chega às livrarias portuguesas «Diário de Fernão de Magalhães», do antropólogo e historiador
José Manuel de la Fuente. Magalhães estabeleceu pela primeira vez os limites do mundo e do seu contorno
esférico e, a par com Armstrong ter pisado pela primeira vez a superfície de um astro exterior, foi um
acontecimento com uma transcendência extraordinária para a ciência e para a própria humanidade.
Em «Breve História da Ideologia Ocidental», Rolf Petri criou um variado registo temático de assuntos
que incluem religião, colonialismo, raça e género, essenciais à compreensão do mundo contemporâneo.
Neste livro revela aos leitores como a linguagem política do quotidiano está carregada de representações
ideológicas do mundo e explica isso numa abordagem narrativa de grande simplicidade. Da secularização da
Europa, ao projeto civilizacional do Iluminismo, até às preocupações contemporâneas com as catástrofes
ecológicas e o fim da história.
Para encerrar o terceiro mês do ano, o historiador Diogo Ramada Curto traz-nos «História, Arte e
Literatura», um livro composto por uma seleção de notas e ensaios de história cultural escritos na última
meia dúzia de anos. Nele, o autor escreve sobre história, arte e literatura, para públicos alargados, com a
convicção de seguir uma linha de intervenção crítica e sem abdicar de instrumentos de prova e de análises
rigorosas. O que equivale a dizer que o grande público necessita de ser respeitado nas suas exigências de
conhecimento histórico e de não ser reduzido a um conhecimento leve e superficial das matérias.
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