1
Vozes de Chernobyl é tenebroso na mensagem, desafiador pela sua estrutura, chocante pelos testemunhos registados. Estamos em Abril, mas arrisquemos: Vozes de Chernobyl será um dos livros de 2016.
http://www.sabado.pt/cultura_gps/livros/detalhe/vozes_de_chernobyl.html
2
Eimear McBride não facilita. “Uma rapariga é uma coisa inacabada” é para aqueles leitores que gostam de testar a capacidade de resistência em livros mais dolorosos. Na última página, suspira-se de alívio, sabe-se que se terminou um livro extraordinário, e tem-se vontade de tatuar “Eu li Eimear McBride e sobrevivi”.
Magnífico.
3
"Um Copo de Cólera" consegue em poucas páginas captar a complexidade de uma relação primária, de domínio, entre macho e fêmea, entre classes altas e classes sem privilégios. O jogo entre a perspectiva e a realidade causa fissuras no comportamento do ser humano. É na frustração que a cólera assenta; na frustração do "eu", mais do que no acto e nas palavras de o "outro".
Raduan Nassar delapida as frases para exponenciar a tensão. "Um Copo de Cólera" é tanto em tão poucas páginas. Notável.
4
A gravidez de Lenù e de Lina, em simultâneo, aproxima-as. O diferente destino de cada uma das filhas irá afastá-las.
Elena Ferrante construiu duas personagens com profunda complexidade. Lenù e Lila conseguiram a atenção de milhares de leitores.
O fim fica em aberto. Onde está Lila?
Encontrá-la-emos sempre na brilhante e hipnótica prosa da escritora napolitana.
5
"Tempos Difíceis" é uma obra de grande qualidade do autor mais famoso da época vitoriana. E mantém-se desconfortavelmente actual.
http://www.sabado.pt/cultura_gps/livros/detalhe/a_actualidade_e_excelencia_de_itempos_dificeisi.html
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