A
publicação de “Pássaros de Asas Abertas - antologia de contos angolanos” (A23 edições)
surge contextualizada pelo quadragésimo aniversário da independência de Angola
e, em simultâneo, com o surgimento da União de Escritores Angolanos (UEA).
A
antologia é composta por 36 escritores, organizados por ordem alfabética, e
almeja servir como “um instrumento valioso para o estudo do conto e da
literatura angolana”, segundo os selecionadores Margarida Gil dos Reis e
António Quino.
A
temática da antologia é plural. A riqueza da (s) sociedade (s) angolana (s)
assim o permite. A extensa presença de autores tão variados possibilita
abranger os vários temas.
De
acordo com os organizadores,“para além de construção de uma Nação Literária,
com pontos de transformação e de ruptura, a literatura angola exprime, tal como
o voo de um pássaro de asas abertas, um pensamento em transformação,
multi-cultural, repleto de novas opções estéticas”.
Agostinho
Neto, em “Náusea”, contribui com um dos melhores contos para esta colectânea.
Em “Náusea”, o personagem principal demonstra que a relação do angolano com o
mar é ambivalente. O mar trouxe a colonização e o desenvolvimento, mas também a
morte.
“Kalunga
é mesmo morte. Trouxe o automóvel e o jornal, a estrada e o fecho éclair, mas
para ficar embora ali a fazer negaças.
Texto completo na Sábado online: http://www.sabado.pt/cultura_gps/livros/detalhe/os_sucessos_da_historia_da_literatura_angolana.html
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