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"Desamparo", de Inês Pedrosa, nas Correntes d`Escritas 2015


Inês Pedrosa: «Espero que se riam, apesar de ser um murro no estômago»


As Correntes d`Escritas foram uma oportunidade para a apresentação do romance “Desamparo” (D. Quixote), de Inês Pedrosa. Na passada 6ª feira, a Sala de Actos do Cineteatro Garrett encheu para ouvir a editora Cecília Andrade, a escritora Maria Manuel Viana e a própria autora falarem muito brevemente sobre “Desamparo”.

Desamparo” baseia-se na história verídica de uma menina de três anos que é tirada do colo da mãe, pelo pai, e levada para o Brasil. 50 anos mais tarde, ela regressa para conhecer a mãe. As vicissitudes das diferentes personagens, que sofrem traições, ciúmes e crime, compõem as histórias que se interseccionam num contexto de depressão económica em Portugal.
O título do livro vem por inspiração da autora numa frase de Clarice Lispector:
"Agora conheço o grande susto de estar viva, tendo como único amparo exactamente o desamparo de estar viva."
O 7º romance de Inês Pedrosa é plural no seu desamparo: na velhice, na sociedade, na família e no indivíduo através da violência doméstica e da solidão.
Maria Manuel Viana confessou o enorme prazer sentido na leitura.
 “«Desamparo» fala de todos e de cada um de nós”, afirmou.
De acordo com Maria Manuel Viana, na produção literária de Inês Pedrosa há “uma marca de água”: as histórias, a escolha das palavras, as metáforas e as imagens criadas destacam-na de outros escritores.
A solidariedade e a amizade são declinações de uma só palavra: liberdade. E a sua presença é constante nos 7 romances da autora.
Inês Pedrosa afirmou procurar que os livros transportem um mundo.
“Os livros são para os leitores, e nós temos medo que metade fique na cabeça e não o consigamos transmitir”.
A forma como se conta a história – afirmou- é tão importante como a própria história.
“Espero que se riam, apesar de ser um murro no estômago.”

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=762105

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